sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Gravida na adolescência: o que fazer?

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Karine Araújo, 17 anos, é uma jovem como qualquer outra de classe baixa. Estuda, tem muitos amigos. Mas algo faz dela com algo diferente das outras: é que Karine está tendo a experiência de sentir o que é ser mãe.
Grávida de oito meses, Karine aparenta ser uma garota cheia de sonhos adolescentes mas que agora terá que ter postura de mulher, agora, algumas coisas vão mudar na sua vida e na de seus familiares.
"Eu gostava muito de sair, já gostava de uma festa,m mas agora, não saio mais não. Não que não apareça lugar para ir, mas não tenho mais vontade, dar preguiça", disse.
A menina-mulher contou que só ficou sabendo que estava grávida com seis meses de gestação, e na verdade, sua mãe que a alertou, "Nos meus primeiros meses eu estava menstruando, até agora os seis meses, aí eu não sabia, também não apareceu barriga, não apareceu nada, só que minha mãe tinha dito a mim que percebeu que estava ocorrendo mudanças no meu corpo, mas não que eu tivesse reparado, foi aí que eu fiz exame e foi confirmado que eu estava grávida.
Quando perguntada sobre a abertura para conversar e tirar dúvidas sobre sexo com os pais afirmou que tinha com a mãe, "sempre tive isso com minha mãe, já muito antes de eu ter relação sexual ela já falava algumas coisas, como ela diz quando eu ingressasse no mundo do sexo, já saberia algumas coisas", contou entre risos.
De acordo com a Eliziane Rosa, assistente social especialista em sexualidade, "são raras as exceções (dos pais) que conseguem conversar sobre isso com muita naturalidade". Para a assistente social, "sexo na adolescência é o melhor sexo, com respeito, usando preservativo e métodos anticoncepcionais", afirmou.
De acordo com pesquisas realizadas em 2006 pela GRAVAD, a idade da iniciação dos rapazes é homogênea, não se alterando segundo escolaridade, renda, religião e cor/raça, e chama a atenção para o dado de que entre as mulheres há variações dependendo das condições acima citadas.
Além de casos de adolescentse grávidas como Karine, o número de meninas infectadas com o vírus HIV tem aumentado significativa no Brasil.
Então além da prevenção de uma gravidez, os jovens, principalmente as meninas, precisam se cuidar para se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis.
De acordo com Karine Araújo, a adolescente citada no início da matéria, com a gravidez não mudou muita coisa, "só não tenho mais aquela disposição de antes", revelou a futura mamãe, que acrescentou "não pensava em ser mãe agora, mas já me sinto mãe, meu filho é a minha maior alegria, e ele (ou ela, não sabe o sexo ainda) ainda nem nasceu", concluiu.

FJA promove seminário com parceria do A Tarde






Na última quarta-feira, 21 de novembro, das 19h ás 22h, as Faculdades Jorge Amado em parceria com o jornal A Tarde promoveram um seminário sobre O consumo da informação e as novas tecnologias, com o objetivo de discutir as perspectivas do consumo da informação na atualidade. O evento aconteceu no Auditório Zélia Gattai, na própria faculdade, e contou com a participação de Alex Primo, Antonio Cabral, Marcos Palácios, professores da instituição, representantes do A Tarde e José Eugênio Barreto, presidente da ASBEC, mantenedora da FJA, e de alunos.
Mediador do seminário, Messias Bandeira, doutor em comunicação e culturas contemporâneas, fez uma breve apresentação do seminário e deu a palavra ao presidente do Jornal A Tarde, Sylvio Simões que informou que “a idéia de criar o Centro de Excelência da Informação (CEI) foi Messias”. De acordo com Simões, foram três anos de pesquisas e trabalho para dar a largada do CEI.
De acordo com Bandeira o seminário foi apresentado por “pesquisadores de ponta, nomes de relevância em nível nacional e internacional”. Ainda segundo Messias Bandeira, esses especialistas são “pessoas que vivem na realidade daquilo que pesquisam”, disse.
O seminário começou com a apresentação de Alex Primo, doutor em informática na educação da Universidade do Rio Grande do Sul, que falou sobre a interação mediada por computador, citando os blogs como referência de interação por computador.
Primo fez uma série de questionamentos acerca da utilização dos blogs e citou a ‘discussão’ entre o Estadão e os blogueiros este ano. Segundo Alex Primo, ainda há pessoas que definem que blogs nada mais são do que diários no qual as pessoas escrevem banalidades, mas de acordo com Primo, “as pessoas não sabem a importância que o banal tem no cotidiano”, disse.
Primo defendeu que “o blog é voltado para o outro e que diário é algo escondido que normalmente é guardado debaixo da cama”.
Segundo Primo blogs não são espaços apenas de publicação e que não precisam ter uma relevância específica.
O segundo palestrante a se apresentar foi o líder de projetos do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito do Rio de Janeiro, Antonio Cabral, que falou sobre Autor Coletivo e Direitos Autorais.
Segundo Cabral “não adianta fazer uma lei rigorosa se a realidade é diferente”, afirmou.
O último palestrante da noite foi Marcos Palácios, doutor em sociologia pela University of Liverpoll e professor da UFBA, que fez uma apresentação sobre multivocalidade, participação e jornalismo na web: o lugar dos profissionais.
Palácios deu uma explicação sobre os pólos de emissão, de comunicação, e fez um levantamento sobre as mudanças que estão ocorrendo no jornalismo com essas novas tecnologias. Segundo o professor da UFBA, essas tecnologias estão contribuindo para o “alargamento do campo do jornalismo”, disse.
De acordo com Marcos Palácios essas novas tecnologias “tornaram mais acessível a produção e veiculação do conteúdo”, afirmou.
Palácios afirmou ainda que “a mídia deixou de ser uma mídia de oferta para ser uma mídia de demanda”.
O seminário terminou com um debate entre os palestrantes e espectadores, que fizeram questionamentos acerca do que foi exposto pelos especialistas.

Confusão na travessia Terminal da França - Mar Grande

Foto: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=9071760906038780375

Não é de hoje que se fala das condições absurdas das lanchas que fazem a travessia de pedestres de Salvador a Mar Grande, e a situação fica ainda pior em época de festas e em feriados.
No feriado de finados, 2 de novembro, não foi diferente: A fila desde cedo já estava ocupando grande parte da Avenida da França, no bairro do Comércio, e quando as pessoas conseguiam chegar à bilheteria tinha que aturar deserespeito por parte dos funcionários, que davam prioridade a conhecidos, formavam várias filas onde ninguém sabia para onde ia.
As pessoas começaram a ficar impacientes, homens e mulheres gritavam, xingavam, a confusão foi tanta que até emissoras de televisão, como a TV Aratu, estavam filmando a grande quantidade de pessoas e a confusão que estava na terminal marítimo. As lanchas saiam cheias, e a fila continuava crescendo.
Não é a toa que quem é de fora considera os baianos preguiçosos, nada funciona aqui! Não concordo com essa idéia preconceituosa sobre baiano, mas 'temos' culpa por disseminar essa imagem. Quando digo nóxs temos culpa, estou me referindo ao prefeito de Salvador e ao governador da Bahia, que até agora nada fizeram para melhorar a travessia de Salvador para as ilhas de Itaparica e Vera Cruz.
Até quando a população baiana vai precisar ser maltratada, desrespeitada assim?
Chega!!!Estamos cansados!!!!!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Tropa de Elite: A referência

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Nos últimos dois meses uma mania nacional tomou conta do Brasil. Assistir Tropa de Elite era/é a sensação do momento.
Relato da história de dois policiais “honestos’ (Caio Junqueira e André Ramiro) que disputam pacificamente a vaga de capitão do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) que será aberta devido a saída do Capitão nascimento (Wagner Moura).
No filme, o autor José Padilha, mesmo de Ônibus 174, reproduz o discurso de que para ser integrante do BOPE é obrigatório der honesto, e que os métodos considerados abusivos e absurdos por muitos, são, na verdade, uma forma de combater o tráfico de armas etc. Ou seja, é como se os fins justificassem os meios como já defendia Nicolau Maquiavel.
Mas um fator específico me chamou a atenção: boa parte da população brasileira, principalmente os militares, a classe média-alta concordam com essa justificativa, ou seja, para essas pessoas não importa se o policial entra na favela batendo nas pessoas, quebrando tudo, acreditando eles, serem imponentes, mas que consegue banir (matar, ferir/torturar, ou prender) os moradores da favela, como marginais mais do que já são, e fizesse a grande mídia divulgar que o papel do BOPE foi realizado com sucesso realmente faria valer a pena essa violência.
Quando me refiro a marginais não quero dizer bandidos ou qualquer denominação conotativa que se venha a ter, mas me refiro aos moradores das favelas de todo o Brasil que nada mais são do que pessoas à margem da sociedade, e, portanto, marginalizados.
De fato Tropa de Elite conseguiu seduzir a massa mesmo antes de ser lançado no cinema, com as cópias ‘piratas’ reproduzidas e distribuídas pelo Brasil a fora.
Precisamos refletir mais diante de obras cinematográficas como essas que têm o objetivo de nos dizer algo e nós sem nenhuma reflexão tomamos essa obra como referência.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Psicopedagoga fala sobre os jovens e a religião

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Nem todo jovem gosta de bebida, de festas. Alguns jovens buscam na religião apoio, um complemento para a sua vida. Católica, Evangélica e até mesmo no Candomblé o número de jovens é bastante significativo.


Em entrevista a Carolina Soledade, a psicopedagoga Isa Carvalho
falou sobre a relação dos jovens com a religião


Carolina Soledade: Quais são os fatores que influenciam o jovem na escolha da religião?

Isa Carvalho: Hoje em dia toda escolha do jovem está muito vinculada a mídia, ao que a mídia e a sociedade expõe para ele. Toda mídia e toda sociedade permeada pela superficialidade e pelas aparências influencia muito nas escolhas dos jovens. A mídia e a sua forma manipuladora têm grande influência no comportamento dos jovens.

Carolina Soledade: A religião é um fator que equilibra o comportamento exagerado dos jovens?

Isa Carvalho: Muitas vezes a religião funciona como freio, alguns jovens que procuram a religião como fator primordial na sua formação de alguma forma dar um freio, uma vez que há regras e toda aquela questão do que pode e o que não se pode fazer.

Carolina Soledade: Você acredita que a religião pode levar à idolatria?

Isa Carvalho: Acredito sim. Porque depende do objeto que você procura religião. Qualquer situação que você procure o exagero com o objetivo de se livrar de algo para ser salvo, digamos assim, você fica tão preso há uma única situação que você termina não tendo nem articulação nem reflexão acerca do que voc está fazendo. Na medida em que você está na religião e acredita no que ela prega, em sua filosofia tem que haver uma reflexão para que isso seja disseminado de uma forma fértil para a população.
Quando você fica depende, você fica preso como se você precisasse daquilo para se reafirmar o tempo todo. Não é saudável, mas acontece. Isso faz com que você veja esses valores de formas equivocada.
O ideal é que você vá para igreja porque se identifica, faça disso algo para tornar o mundo melhor, seja qual for a religião.